Veja como identificar, tratar e vencer a calvície feminina! Conheça as causas, os sintomas e as opções de tratamento para recuperar a vitalidade dos seus cabelos. Siga a leitura para mais detalhes!
Ao contrário da calvície masculina, amplamente reconhecida pela maioria dos homens, a calvície feminina é uma condição menos comum. É sabido que a perda de cabelo é uma reclamação comum entre as mulheres, mas apenas 5% dos casos estão relacionados à calvície. Portanto, é natural que existam muitas perguntas sobre esse problema.
Diante disso, se você tem perguntas sobre as causas da calvície feminina – como ocorre a perda de cabelo, como ela difere da calvície masculina e quais são os tratamentos possíveis – reunimos as principais dicas e informações sobre o tema. Confira abaixo!
Como identificar a calvície feminina?
Para identificar a calvície feminina, o primeiro passo é compreender as diferenças entre ela e a perda de cabelo. Normalmente, uma pessoa perde entre 100 e 150 fios de cabelo por dia, e a perda de cabelo se torna aparente quando uma quantidade maior começa a cair.
Encontrar muitos fios no travesseiro, no computador ou no chão ao seu redor pode indicar que algo não está certo. A calvície feminina, por outro lado, é um distúrbio que ocorre progressivamente e se manifesta com o afinamento dos fios no topo da cabeça, sem a queda visível dos cabelos. Esse processo, conhecido como miniaturização dos fios, tem como principal sintoma o afinamento progressivo dos cabelos.
A calvície é um distúrbio que tende a aumentar com a idade – entre 20 e 30 anos, afeta 3% da população, e acima de 70 anos, até 30%.
Se você está percebendo algum desses sintomas, a recomendação é procurar uma avaliação profissional para confirmar as causas, pois existem vários motivos que podem levar à perda de cabelo, como a produção hormonal do seu corpo. Lembre-se de que a calvície feminina não está necessariamente associada à perda de grande quantidade de cabelo. O quadro é mais caracterizado pelo afinamento gradual do folículo.
Quais são as causas da alopecia feminina?
A alopecia androgenética, conhecida popularmente como calvície, é um distúrbio que ocorre em homens e mulheres devido à predisposição genética. No caso da calvície feminina, mulheres com histórico familiar ou com ovários policísticos, por exemplo, têm maior propensão a desenvolver a condição. Além disso, doenças da tireoide, sífilis, deficiência de ferro e alguns medicamentos também podem influenciar o surgimento desse problema. Portanto, é importante estar sempre atento à saúde do seu corpo como um todo.
Tanto a calvície masculina quanto a feminina são resultado de uma alteração hormonal no ciclo de vida dos fios de cabelo. Essa alteração é causada pela reação da testosterona com a enzima 5-alfarredutase. Essa enzima converte a testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), hormônio responsável pela diminuição gradual dos folículos capilares e pelo afinamento dos fios. A calvície ocorre quando há uma alteração nos receptores hormonais de DHT.
Entendendo o processo de queda de cabelo na calvície feminina
Na calvície feminina, a redução dos cabelos ocorre por meio de dois processos: a miniaturização dos folículos e a redução da fase anágena no ciclo de vida dos fios, ou seja, a redução da fase de crescimento dos cabelos.
Em um ciclo de vida saudável, o cabelo passa por três fases. Na fase anágena, os fios de cabelo crescem por três a quatro anos. Na segunda fase, chamada catágena, ocorre o período de repouso após o crescimento, que dura apenas duas semanas. Na terceira fase, chamada telógena, ocorre a queda natural de alguns fios. Nos casos de calvície feminina, após a queda, os fios perdem força e, nos próximos ciclos de vida, têm sua fase de crescimento reduzida.
Diferença entre calvície feminina e masculina
Existem algumas diferenças entre a calvície feminina e a masculina, embora tenham a mesma causa.
Nos homens, a evolução ocorre de forma rápida e acentuada, podendo levar à perda total dos fios na cabeça e em outras áreas, como a barba. Quando ocorre a calvície masculina, é comum encontrar as famosas “entradas” ou áreas que já estejam totalmente calvas. Normalmente, essa disfunção afeta os fios do topo da cabeça, preservando os fios das laterais e da nuca.
Nas mulheres, a condição apresenta a miniaturização dos fios, podendo haver falhas em várias regiões do couro cabeludo e, em casos mais graves, na parte superior da cabeça. Geralmente, o que ocorre é um acometimento difuso.
A calvície tem cura?
Dependendo do grau, a calvície pode ser tratada. Para casos mais leves, o tratamento pode ser feito com medicamentos que controlam a ação da enzima 5-alfarredutase, que impedem a produção de DHT (apenas para mulheres fora da idade reprodutiva), ou com tônicos que estimulam o crescimento capilar.
Para casos mais graves, o tratamento clínico pode durar alguns meses, para que se possa observar os efeitos. Se não houver melhora, recorre-se a procedimentos cirúrgicos.
Mulheres com calvície feminina tem duas opções de tratamento: clínico e cirúrgico. No entanto, o primeiro passo é consultar um especialista para diagnosticar qual é o tratamento mais adequado. Cada caso deve ser avaliado individualmente para que o melhor tratamento seja escolhido – medicamentos ou transplante capilar.
É crucial que você não use medicamentos sem a orientação de um especialista. Alguns medicamentos que funcionam em homens podem ser prejudiciais para o corpo feminino; portanto, evite a automedicação e consulte um médico.
Transplante capilar e implante capilar: como são realizados?
Ao contrário do implante capilar, que usa cabelos artificiais, o transplante capilar é um procedimento cirúrgico que utiliza os fios do próprio paciente, retirados de uma área não afetada pela calvície.
O implante capilar é um procedimento raro no Brasil, já que os fios são feitos de biofibra, um material semissintético semelhante ao cabelo, que após um tempo começa a ser rejeitado pelo couro cabeludo. No entanto, no Brasil, é comum as pessoas usarem tanto o termo “implante” quanto o termo “transplante” para se referir ao procedimento que usa os fios do próprio paciente.
Tanto no caso da calvície feminina quanto na masculina, o transplante capilar é o tratamento cirúrgico mais recomendado. É um procedimento relativamente simples e pode ser realizado de duas maneiras: técnica FUT e técnica FUE.
Na técnica FUT, uma faixa de couro cabeludo é retirada das laterais ou da parte de trás da cabeça, de áreas que não foram afetadas pela calvície. Em seguida, os folículos capilares são separados e inseridos na área afetada.
Na técnica FUE, as unidades capilares são retiradas individualmente da área saudável da cabeça e, em seguida, aplicadas uma a uma na área afetada. Neste caso, o procedimento é mais demorado, mas a recuperação é mais rápida.
É fundamental que você consulte um médico especializado para obter um diagnóstico preciso e a melhor indicação de tratamento. Apenas um médico poderá indicar o melhor tratamento para sua calvície feminina.
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