A perda de cabelo pode ser influenciada por diversos fatores, como estresse, alterações hormonais e herança genética. Saiba mais sobre os motivos e possíveis intervenções!
No dia a dia é comum a perda de alguns fios de cabelo como parte do processo natural de regeneração capilar – cerca de 50 a 100 fios por dia, conforme afirma o Ministério da Saúde.
Porém, quando a perda se intensifica, é um indício de que algo não está bem e requer atenção. Esta situação pode representar perda de cabelo temporária ou permanente, seja ela localizada, regional ou completa.
A seguir, entenda alguns dos motivos e fatores associados à queda de cabelo, bem como ações preventivas e corretivas para esse problema.
Por que o cabelo cai?
A queda intensa de cabelo é motivo de preocupação para muitos, sejam homens ou mulheres. Diversas circunstâncias podem levar a esse cenário, desde herança genética até influências externas. Aqui estão alguns desses fatores:
Estresse
O estresse é uma reação do corpo a situações desafiadoras e pode ser desencadeado por diversos motivos, como questões pessoais, problemas relacionados ao trabalho, questões financeiras, traumas ou eventos tensos.
Sob estresse, o corpo produz hormônios como o cortisol, que podem afetar negativamente a saúde do cabelo.
O estresse prolongado pode resultar em várias alterações no corpo, incluindo enfraquecimento dos folículos capilares e interrupção do ciclo de crescimento capilar. Pesquisadores alemães conduziram um estudo sobre a relação entre estresse e folículos capilares em roedores.
Neste estudo, foi observada uma condição chamada inflamação neurogênica, um estado inflamatório de certas estruturas do corpo mediado por substâncias químicas em nosso tecido nervoso.
Verificou-se que a comunicação intensa entre as terminações nervosas da pele e as células do nosso sistema imunológico pode levar a condições inflamatórias da pele em situações estressantes.
A conclusão foi que a inflamação neurogênica promove a apoptose celular (morte celular) em uma área do folículo piloso conhecida como matriz capilar.
Mudanças hormonais
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), alterações hormonais podem resultar em queda de cabelo.
Os desequilíbrios hormonais podem interferir no ciclo de crescimento do cabelo, causando aumento da queda de cabelo. O Ministério da Saúde destaca que, por exemplo, distúrbios da tireoide podem afetar esse processo.
O hipotireoidismo pode reduzir a taxa metabólica e retardar o crescimento do cabelo, enquanto o hipertireoidismo pode acelerar o ciclo capilar, causando intensa queda de cabelo.
Durante a gravidez, as alterações hormonais podem resultar em cabelos cada vez mais grossos. No entanto, após o parto, uma queda repentina nos níveis hormonais pode levar a uma condição chamada eflúvio telógeno pós-parto, causando queda de cabelo intensa, mas geralmente temporária.
Herança genética
A herança genética também é um fator na queda de cabelo. A alopecia androgenética é uma forma de queda genética de cabelo.
Ocorre devido à sensibilidade dos folículos capilares aos hormônios sexuais, principalmente à diidrotestosterona (DHT).
Em indivíduos com predisposição genética, o DHT pode reduzir a fase de crescimento do cabelo e prolongar a fase de repouso. Isso leva a cabelos mais finos e frágeis, resultando em queda de cabelo e miniaturização dos folículos.
Nos homens, manifesta-se como uma redução gradual dos pelos nas áreas da coroa e das têmporas. Nas mulheres, ocorre um afinamento geral do cabelo sem uma área específica de perda significativa.
Deficiências nutricionais
Uma boa nutrição é essencial para a saúde do cabelo. Portanto, a falta de nutrientes essenciais pode causar intensa queda e enfraquecimento dos cabelos.
Uma revisão científica sobre o impacto dos suplementos na saúde do cabelo destaca os efeitos de certas deficiências nutricionais.
Por exemplo, a deficiência de ferro, mesmo sem anemia aparente, pode estar relacionada à queda difusa de cabelo. A deficiência ou excesso de vitamina A também está ligada à alopecia.
Doenças específicas
Doenças também podem causar queda de cabelo, como a COVID-19.
Um estudo internacional mostrou que uma em cada quatro pessoas com COVID-19 apresenta queda de cabelo. O estresse e o medo podem aumentar o risco.
No caso do COVID-19, a queda de cabelo pode ocorrer mesmo em casos leves a moderados. A inflamação causada pela COVID-19 pode afetar os vasos sanguíneos que nutrem o couro cabeludo, levando à inflamação dos folículos e subsequente queda de cabelo.
Outros fatores de risco, como anemia, deficiências nutricionais, pós-parto e alterações hormonais, também podem influenciar a queda de cabelo.
Efeitos do tratamento
A queda de cabelo também pode ser um efeito colateral de tratamentos, como a quimioterapia. Afeta não apenas as células cancerígenas, mas também as células saudáveis de rápido crescimento.
Normalmente, o cabelo volta a crescer após o tratamento. Porém, nem todos os tratamentos quimioterápicos causam queda de cabelo, pois depende dos medicamentos utilizados.
Para a radioterapia, a exposição à radiação pode afetar os folículos da área tratada, resultando em queda de cabelo localizada.
Como identificar a queda excessiva de cabelo?
Perder de 50 a 100 fios de cabelo diariamente é normal. No entanto, se você notar uma quantidade significativa de queda de cabelo ou áreas afinadas, pode ser um sinal de problema.
Se você é um homem com queda excessiva de cabelo, considere o Folifios como um auxiliar natural para o crescimento do cabelo direcionado ao público masculino.
Recomenda-se consultar um dermatologista ou tricologista para uma avaliação adequada. Eles podem realizar exames, analisar seu histórico e avaliar a condição do seu cabelo para determinar a causa e recomendar o tratamento adequado.
Ao notar queda de cabelo, é importante procurar tratamento. Porém, o Ministério da Saúde alerta contra produtos milagrosos e sugere consultar um dermatologista. A escolha do tratamento deve ser feita sob orientação médica.
Alguns indivíduos com alopecia androgenética podem apresentar crescimento com a aplicação de minoxidil. Além disso, a finasterida, que bloqueia a produção de DHT, pode estimular o crescimento do cabelo ou retardar a queda do cabelo.
No entanto, este medicamento pode causar anomalias fetais e não deve ser usado por quem planeja engravidar. A terapia a laser de baixa intensidade também pode aumentar a densidade do cabelo.
Pessoas com queda significativa de cabelo devem ser tratadas de acordo com a causa, como suplementação de ferro, vitamina D, controle de doenças da tireoide, entre outros.